Homens imprudentemente poéticos é o sétimo romance de Valter Hugo Mãe. Apesar de ser o romance mais recente, trata-se do primeiro de toda a sua vasta obra, apesar da pouca idade, que já li. Repleto de beleza e lirismo, sem dúvidas abriu-me a porta ao universo do já premiado autor português. Não haverá jeito, precisarei ler outras coisas suas.

Nascido em Angola e radicado em Portugal, Mãe no auge de seus 45 anos, além dos romances, também possui em sua conta alguns livros infantis e outros de poesia. Lançado no Brasil em novembro de 2016 pela Editora Globo – Biblioteca Azul, Homens imprudentemente poéticos trata de temais tais como o amor, a inimizade, cordialidade, respeito e, sobretudo, a morte e a natureza.

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Que coisa estranha! Essa foi a primeira coisa que eu pensei após ler o título desse romance tão curioso de Gonçalo M. Tavares e não pense que o sentimento mudou assim que eu terminei a minha primeira leitura do livro.

Lançado em 2014 em terras lusitanas e em 2015 aqui no Brasil pela Companhia das Letras, o romance de foco narrativo instável, que oscila entre primeira e terceira pessoa, carrega em suas páginas além de sucessivos momentos que causam um grande estranhamento ao leitor, uma diversidade de temas que nos faz pensar sobre o que de fato nos mobiliza ou mnão, já que coisas tão absurdas e desumanas se tornaram tão comuns. Estranhamento sem dúvida é o que a narrativa promove em toda a sua completude, e é o que o autor consegue provocar já no título da obra, afinal geralmente alguém se perde em uma rua, em uma estrada, jamais no tempo, ainda mais se esse tempo for um século inteiro. Continue lendo

Gostaria de começar o primeiro post aqui do Estante compartilhando com vocês umas das experiências de leitura que mais me provocou e chamou atenção em 2016. Arrisco a dizer que esse é um dos melhores livros de contos que li nos últimos anos. Não se trata de um livro de um autor brasileiro, norte-americano e tão pouco português, mas sim de uma autora cabo-verdiana: Dina Salústio.

Em Mornas eram as noites, que ainda não foi editado e publicado aqui no Brasil (eu pelo menos não encontrei), mas que pode ser encontrado em algumas bibliotecas públicas – e devo dizer: o trabalho pela procura de um exemplar, na minha mais humilde opinião, vale muito a pena – a autora, apesar de retratar e descrever muitos aspectos da geografia das ilhas do continente Africano, que assim como nós também foi colônia portuguesa, trata de temas universais e que a cada dia ganham mais força e voz nas mais variadas mídias e que tem garantindo, ao longo dos anos, avanços como ao que, por exemplo, se refere ao empoderamento da mulher. Continue lendo

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